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Claudia Wonder, Flor do asfalto
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SOBRE O LIVRO
Flor do asfalto é uma compilação de entrevistas com a multiartista e ativista travesti Claudia Wonder, concedidas ao cineasta Dácio Pinheiro. Em tom intimista, os depoimentos foram compilados entre 2003 e 2008, época em que Dácio produziu seu primeiro longa-metragem, o documentário Meu Amigo Claudia (2009), sobre a vida e a obra da amiga.
Com entrevista inéditas, o livro aprofunda e complementa a narrativa, revelando a personalidade multifacetada e a atuação de uma artista plural: ao longo de sua carreira, Claudia dublou divas em cabarés, participou de montagens no teatro de vanguarda com José Celso Martinez Corrêa, atuou em filmes cult, pornochanchadas, posou nua e marcou o rock alternativo paulistano com performances antológicas. Percorrendo toda a sua vida, a obra compõe um retrato raro do movimento LGBTI+ no Brasil neste período, com destaque para a cena cultural paulistana dos anos 1980 e 1990.
A imagem da flor que brota no asfalto entre tantas adversidades, que dá título à publicação, era cara à própria Claudia. Afinal, essa alegoria reflete sua vida, na qual equilibrou delicadeza e força no combate às imposições de gênero, questionando sempre as intolerâncias e violências de um país na época tomado pelo regime militar. Claudia era avessa a todo tipo de rótulo e foi uma figura fundamental na luta pelos direitos LGBTI+ até seu falecimento, em 2010.
Fartamente ilustrado com fotografias e recortes de jornais, o livro conta com prefácio da escritora Amara Moira, no qual destaca a importância de Claudia na pavimentação e ampliação de um caminho para as travestis do futuro; apresentação de Dácio Pinheiro, que narra detalhes sobre seu encontro com a artista e sobre a gravação do documentário; e posfácio do jornalista Neto Lucon, que revela como era a Claudia em seu cotidiano e como foram seus últimos momentos. A edição também é composta de depoimentos de amigos e personalidades que conviveram com a artista, poemas de Glauco Mattoso e uma crônica de Caio Fernando Abreu dedicados a ela.
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SINOPSE
A partir da voz da própria Claudia Wonder, Flor do asfalto narra a vida da multiartista e militante desde seu nascimento em 1955, em São Paulo, até seu falecimento em 2010. Ao longo dos capítulos, Claudia aborda sua vida pessoal e profissional e conta sobre como se entendeu travesti e como, prestes a fazer 50 anos, descobriu que havia nascido como pessoa intersexo.
Repleta de dúvidas e nuances, sua relação com o próprio gênero se reflete em sua carreira. A artista relata suas primeiras apresentações fazendo dublagens em cabarés e sobre suas intervenções cirúrgicas, em um momento no qual apenas travestis com seios eram contratadas para os shows. Claudia atuou em pornochanchadas, filmes pornôs e posou nua em uma revista masculina, mas sempre quis mais do que se esperava de artistas travestis. Foi no rock, como cantora, que se encontrou como artista autoral. Teve várias bandas, realizou a performance apoteótica O vômito do mito numa banheira cheia de groselha, numa clara alusão ao sangue e à devastação causada pelo HIV, e se consagrou como figura lendária da cena underground paulistana.
A Europa dos anos 1980 e 1990, os sets de cinema, a redação da revista G Magazine, o Teatro Oficina e os inferninhos da capital paulistana são apenas alguns dos cenários por onde Claudia Wonder desfila ao narrar sua história neste compilado. Suas falas revelam que, embora forte e ousada, Claudia era um ser humano comum, com suas próprias idiossincrasias; também um ser humano complexo como as próprias flores. E, se nessa flor há algo de maravilhoso no sentido original do termo, algo assombroso e notório — wonderful, em inglês —, é sua coragem.
“Acho que se criou uma aura, um mito, em torno dessa personagem Claudia Wonder no rock dos anos 80. Eu era muito maldita pra ser aceita. Eu me considero uma ilustre desconhecida, porque muita gente ouve falar de mim, é uma coisa de lenda, de história, mas não me conhece pessoalmente.”
Claudia Wonder
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SOBRE O AUTOR
Dácio Pinheiro é cineasta e produtor. Dirigiu e produziu diversos projetos independentes, entre eles os documentários Eletrônica:Mentes (2019) e Lenita (2023), e o premiado curta de ficção O aniversário do seu Lair (2022).
Entre seus trabalhos mais destacados está seu primeiro longa-metragem, intitulado Meu amigo Claudia (2009) e premiado em festivais como Mix Brasil e LesGaiCineMad. O documentário narra a trajetória de Claudia Wonder através de imagens exclusivas, entrevistas com a própria artista e com personalidades que conviveram com ela, como José Celso Martinez Corrêa, Kid Vinil e Grace Gianoukas. Claudia Wonder: Flor do asfalto é seu primeiro livro.
Acabamento | Brochura |
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Páginas | 184 |
Data de publicação | 06/02/2025 |
Formato | 19 x 13 x 2.5 |
Lombada | 2.5 |
Altura | 2.5 |
Largura | 13 |
Comprimento | 19 |
Tipo | pbook |
Número da edição | 1 |
Classificações BISAC | BIO000000 |
Classificações THEMA | DNBF; DNB |
Idioma | por |
Peso | 0.26 |