Site 100%Seguro

    0
  • Thumbnail 1
  • Thumbnail 2
  • Thumbnail 3
  • Thumbnail 4
  • Thumbnail 5
  • Thumbnail 66+
De pé, tá pago

De pé, tá pago

Autor: Gauz
Avaliação:
R$ 89,90 á vista

Em até 4 de 22.48 s/juros

Fora de estoque
Código: 9786585960342
Categoria: Romances
Compartilhe:

Descrição Saiba mais informações

SOBRE O LIVRO

De pé, tá pago é o romance de estreia do escritor, roteirista e cineasta marfinense Gauz, que chega pela primeira vez ao público de língua portuguesa em uma edição inédita traduzida por Diogo Cardoso. O livro foi publicado originalmente na França em 2014 e sua edição em inglês foi finalista do International Booker Prize 2023.

A obra parte de uma cena comum em Paris: homens negros, imigrantes de diferentes países africanos, sobem escadas de prédios comerciais em busca de vagas como seguranças — os chamados “de pé, tá pago”, expressão que sintetiza a condição desses trabalhadores: o salário só é garantido se permanecerem de pé o dia todo. Do posto de segurança de lojas e grandes magazines, o narrador anônimo — alter ego do próprio Gauz — registra, com humor sulfúrico e ironia afiada, o desfile de clientes, turistas, consumidores em geral e suas manias, seus hábitos, suas contradições. Ao fazer isso, o autor revisita e subverte teorias pseudocientíficas como a fisiognomonia e a frenologia, expondo, com sarcasmo e comicidade, os estigmas raciais que permeiam as sociedades europeias contemporâneas.

Para além do inventário bem-humorado da fauna urbana parisiense, o romance intercala essa observação cotidiana com uma narrativa que acompanha as trajetórias de Kassoum e Ossiri — dois marfinenses que chegam à França nos anos 1990 —, Gauz constrói uma crônica da imigração africana, da herança colonialista europeia e das mudanças que impactaram profundamente os fluxos migratórios.

Com uma escrita que oscila entre o deboche, a crônica social e a crítica contundente, De pé, tá pago oferece uma leitura que provoca, diverte e obriga a refletir. É, ao mesmo tempo, uma sátira feroz do consumismo, um manifesto contra o racismo estrutural e uma homenagem às diásporas africanas, com seus desafios, dores, estratégias de sobrevivência e potência cultural.

“Todos que entraram desempregados nessas repartições sairão daqui como seguranças. Quem já tem alguma experiência na profissão sabe o que os aguarda nos próximos dias: ficar de pé o dia inteiro em uma loja, repetir a tediosa proeza do tédio, todos os dias, até receber o pagamento no final do mês. De pé, tá pago. E não é assim tão fácil quanto parece. Para aguentar o tranco nessa profissão, para manter o profissionalismo, para não cair no comodismo ocioso ou, ao contrário, no excesso de cuidado imbecil e na agressividade ressentida, é preciso ser capaz de esvaziar a mente de qualquer consideração que se coloque acima do instinto ou do reflexo espinhal, ou é preciso ter uma vida interior muito intensa. Ser um cretino inveterado também é uma boa opção. Cada um com seu método. Cada um com seus objetivos.”
Trecho de De pé, tá pago

-

SINOPSE

Um prédio de escritórios em Paris. Homens negros, imigrantes de diversos países africanos, sobem escadas e mais escadas em busca de vagas de emprego. Lá no alto, preenchem formulários e pegam seus uniformes: daquele momento em diante, e por tempo indeterminado, trabalharão como seguranças. Essa é a imagem que introduz o leitor no universo dos “de pé, tá pago”, trabalhadores que recebem seu salário depois de passar o dia inteiro de pé.

A narrativa parte do ponto de vista de um segurança, que por meio de comentários sem filtros, retrata a clientela embriagada pelo consumo. O autor evoca ideias pseudocientíficas do século XIX em uma espécie de revanche literária recheada de humor cortante, às vezes até descomedido. Não há ressentimento, mas um olhar incisivo para as características sociais, psicológicas e idiossincráticas dos variados clientes.

A esses verbetes sulfurosos Gauz intercala uma narrativa intergeracional sobre a imigração da Costa do Marfim para a França, dos anos 1960 até o Onze de Setembro de 2001. A saga de Kassoum e Ossiri pela Paris dos anos 1990 se mostra como um prolongamento das experiências de seus amigos e familiares, com importantes atualizações: à medida que novas leis sobre imigração entram em vigor na Europa, muda o estatuto e aumentam as mazelas dos indocumentados.

-

SOBRE O AUTOR

Gauz nasceu em 1971, em Abidjan, capital da Costa do Marfim. Formado em bioquímica, mudou-se para Paris, onde viveu como imigrante indocumentado e trabalhou como segurança, experiência que inspirou diretamente De pé, tá pago, seu primeiro romance. Além de escritor, é roteirista, cineasta, jornalista e fotógrafo. Seu trabalho transita entre diferentes linguagens, sempre com foco nas questões sociais, culturais e políticas ligadas à África e à diáspora africana.

Páginas176
Data de publicação11/07/2025
Formato19 x 13 x 3
Largura13
Comprimento19
Tipopbook
Número da edição1
Classificações BISACFIC027000; FIC027020
Classificações THEMAFR; FRD
Idiomapor
Peso0.26
Lombada3
Loading...


Midias Sociais

Categoria

    Conteúdo

    Fale Conosco

    ATENDIMENTO AO CLIENTE

    TELEFONE


    E-MAIL


    Midias Sociais

    © 2025 | , - - CNPJ: Todos os direitos reservados.
    Esse site é protegido por reCAPTCHA e a Política de Privacidade e Termos de Serviço do Google se aplicam.
    Desenvolvido porKonekta
    Meu carrinho×
    Seu carrinho está vazioNavegue pelas categorias de livros e adicione os títulos desejados ao seu carrinho de compras.