Em seu hábitat natural, o gambá sempre sorria. Podia chover, relampear ou fazer sol, o bichinho sentia-se satisfeito com sua própria maneira de ser, pendurado de cabeça para baixo na floresta. Certo dia, aparece um grupo de pessoas que julgava conhecê-lo melhor que ele mesmo e, convencidas da infelicidade do gambá, arrancam-no da árvore e o levam para a cidade, impondo-lhe atividades que supostamente gerariam alegria. A obra escrita e ilustrada pelo cineasta Frank Tashlin em 1950 traz questões atemporais sobre a relação com o meio ambiente e escancara a violência simbólica que ocorre quando um grupo dominante decide, a partir de sua própria régua, o que é bom ou desejável para o outro. Este livro encantador faz dupla com o clássico O urso que não era, do mesmo autor, lançado pela Boitatá em 2018.