O universo escrito de Um rio de sonhos e mistérios invadiu a minha privacidade. Foi quando deixei a origem daquilo que imaginei para ele, para oferecer um novo e estranho itinerário, talvez não tão interessante quanto seria, porém instigante e oportunamente obrigatório. Os passos aqui não foram medidos com exatidão porque, diante de tamanho desmantelo, o cansaço me pediu um tempo para pensar por diversas vezes, até que um dia me disse: “só não deve ficar longe de você”. O interessante do dia não passava daquilo e eu me cansava naquela labuta, mas diante do compromisso mostrava-me viva e não sentia solidão, sabia que a presença onipotente de Deus era mais forte que todos os mistérios que me rodeavam. Por isso o sorriso da minha alma diz que serei estímulo à medida que provoco reflexões: sobre um sentimento extraordinariamente maldoso; sobre a política e sua anomia; sobre a justiça e sua ineficácia; sobre o modo diferente de dar um voo livre pelas coisas da vida e do coração pela escrita; sobre arte em um mundo não muito comum. A nossa aventura de cumplicidade com o leitor só acaba na última página.