O modo como os valores e conceitos de determinada instituição são repassados para as gerações futuras não depende primariamente dos desejos de seus fundadores ou iniciadores. Desse jogo simbólico, fazem parte uma série de inter­relações que implicam transferência e interpretações. O foco central de “A instituição como herança”, organizado por Olivier Nicolle e René Kaës, psicanalistas conceituados, é um debate acerca da herança da instituição pelos sujeitos que, agrupados, a mantêm e a transmissão problemática de seus ideais, de suas leis, de seus ritos e de seus costumes, com o risco de sua transformação.