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O corpo interminável
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Uma história familiar prestes a ser relembrada e resgatada. Uma mãe torturada e tirada dos braços de seu filho. Uma família que nunca mais foi a mesma. O corpo interminável, de Claudia Lage, ousa tocar delicadamente em feridas abertas durante a ditadura militar e nos faz perceber que nem sempre o tempo cura, pois ainda continua doendo em muita gente.
Em busca de suas origens, Daniel tenta reconstituir a história da mãe, uma guerrilheira desaparecida na ditadura civil-militar no Brasil. As tentativas de reconstruir a sua história pessoal junto à história do seu país e os fios de memória rompidos moldam a narrativa. Ao buscar informações sobre a mãe, surgem outras histórias, ou outras possibilidades de histórias, também desaparecidas, de tantas mulheres. Claudia Lage fez um livro sobre a ausência e também sobre a escrita, essa (im)possibilidade de se reinventar e se refazer por meio das palavras.
"Uso um vestido largo de grávida, imagino uma barriga inexistente, estufo o abdômen, o filho que nunca terei já é uma presença. É um corpo que já nasce extinto, nem mesmo é um corpo, mas uma ideia que morreu no pensamento, sem se tornar matéria, ou uma emoção, apenas uma emoção que não encontrou seu gesto. Digo essas palavras, mas talvez eu tenha sido um bebê em meus braços, imagino o parto, foi bonito, foi sofrido? Eu estava no hospital, na prisão ou aqui? Imagino a alegria de ter um filho, imagino a dor de perder. Tento sentir, suportar essa alegria, essa dor, mas a minha barriga murcha como uma bola de gás, não consegue sustentar o vazio."
"Espancamentos, estupros, unhas arrancadas, choques, tortura psicológica, perda dos filhos, a própria morte, enfim, e a orfandade que dá prosseguimento à dor, muitas vezes sem um corpo, sem o luto. São tantas mulheres, várias histórias diferentes, em diferentes tempos, sobrepostas em uma narrativa que empurra leitoras e leitores para dentro da cena e nos faz perguntar "e agora?". Hábil no manejo de suas ferramentas, a autora controla a emoção e as expectativas de quem a lê, sem dar respostas que eliminem as possibilidades de futuro." - Regina Dalcastagnè.
Acabamento | Brochura |
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Páginas | 196 |
Formato | 22.5 x 15.5 x 1 |
Lombada | 1 |
Altura | 1 |
Largura | 15.5 |
Comprimento | 22.5 |
Data de publicação | 21/10/2019 |
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Código de Barras | 9788501096517 |
Tipo | pbook |
Número da edição | 1 |
Classificações BISAC | FIC089000; FIC045000; FIC019000 |
Classificações THEMA | FS; FB |
Idioma | por |
Peso | 0.25 |