O jurista é solicitado para uma permanente exegese de novos diplomas. A técnica legislativa, fortemente amparada em estudos comparatísticos e em aportações comunitárias, é, hoje, mais complexa do que há poucos anos. A simples apreensão material dos novos textos torna-se morosa e delicada, exigindo uma especialização crescente a todos os operadores jurídicos. As tarefas da sistematização e da reconstrução jurídico-científicas requerem o manuseio de informações crescentes e o domínio alargado de áreas científicas muito densas. A preservação da Ciência Jurídica Portuguesa vai exigir uma capacidade acrescida de seleção e de síntese: uma tarefa coletiva a que O Direito, com convicção, se vai associar, em mais um ano de especial intensidade.