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Hegel e o Haiti
Autor: Susan Buck-Morss
Editora: N-1 Edições
Colaboradores: VLADIMIR SAFATLE
Avaliação:
R$ 69,00 á vista
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Fora de estoqueCódigo: 9788566943481
Categoria: Filosofia e Ciências
Descrição Saiba mais informações
"Uma ausência assombra a filosofia política europeia. A ausência da escravidão. Foi a partir dela que Susan Buck-Morss compôs este Hegel e o Haiti. Em sua base está uma questão a respeito do momento em que a superação da escravidão se transformou, de fato, na condição da efetivação da liberdade. Este momento não está nos autores liberais, como Locke, e sua complacência com a escravidão devido à supremacia do direito de propriedade. Ele não se encontra sequer no iluminismo francês, tão combativo em vários campos mas capaz de se calar de forma quase absoluta a respeito do Code Noir e da escravidão nas colônias. (...)Mas Buck-Morss não utiliza tal constatação para deplorar todo discurso universalista como simples máscaras de interesses inconfessáveis de dominação e de opressão. Ela quer identificar o momento em que a escravidão aparece no coração da reflexão filosófica moderna redimensionando seu discurso de emancipação e este momento não será outro que a constituição de uma teoria do reconhecimento na base da filosofia social. Ou seja, trata-se de voltar, mais uma vez, a uma das páginas mais comentadas da história da filosofia, a saber, a “dialética do senhor e do escravo”, de Hegel. Buck-Morss nos lembra como o filósofo alemão acompanhava todos os passos da revolta dos escravos no Haiti, a primeira revolta de massa a estabelecer um quadro civil geral de liberdade, o que a leva a defender que este seria um dos eixos maiores da constituição desta figura da consciência em A fenomenologia do Espírito. Ou seja, o “escravo” aqui, embora tenha um papel genérico é também uma figura concreta que procura responder a processos sócio-políticos decisivos no início do século XIX. Tal hipótese não é apenas resultado de uma arqueologia materialista que compreende o fazer filosófico como reflexão imediata sobre os impactos do presente. Ela é estratégia que visa mostrar o que pode ser uma história mundial não mais dependente de um horizonte colonial. Neste sentido, tudo se passa como se fosse questão de afirmar que a Revolução Francesa só se transforma em fato da história mundial quando ela é apropriada pelos escravos contra os próprios senhores..." - Vladimir Pinheiro Safatle
Páginas | 128 |
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Data de publicação | 01/01/2017 |
Formato | 23 x 16 x 2 |
Largura | 16 |
Comprimento | 23 |
Acabamento | Brochura |
Lombada | 2 |
Altura | 2 |
Tipo | pbook |
Número da edição | 1 |
Classificações BISAC | PHI000000 |
Classificações THEMA | QD |
Idioma | por |
Peso | 0.23 |
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