A inocência termina aos XVI fala sobre um mundo distópico, em que o governo controla tudo até mesmo os aspectos mais privados e íntimos de sua vida. Com uma narrativa emocionante que traz temas de extrema relevância na vida dos adolescentes, como a sexualidade, consumo, relacionamento com a família, além da responsabilidade enquanto indivíduo e seu papel na sociedade em que vive. A escritora se utiliza de uma distopia, ou seja, a representação em um futuro alternativo em que a personagem principal precisa lidar com várias questões de ordem social que, infelizmente, não estão muito longe da realidade dos tempos atuais. A proposta da distância entre épocas, presente e futuro idealizado, faz o adolescente se entreter com as diferenças em relação ao seu tempo e, com isso, pensar sobre a maneira com que essas questões abordadas acontecem agora, em seu tempo real, relacionando, então, as semelhanças inevitáveis com o cotidiano e promovendo reflexão sobre os seus próprios valores e os valores que vê sendo divulgados pelas mídias. Enfim, uma leitura imperdível para esse público-alvo cada vez mais crítico e voltado para a literatura.